Código genético
A informação para ordenação dos aminoácidos está contida no gene (segmento da molécula de DNA), sob a forma de um código que reside na sequência das bases azotadas dos nucleótidos.
Se cada base azotada codifica um aminoácidos, então só existiriam 4 aminoácidos, em vez de 20. Considerou-se então que as bases azotadas formariam uma linguagem em código e cada código corresponderia a um aminoácido. Surgindo assim, a expressão código genético.
Inicialmente pensou-se que cada código seria constituído pela combinação de duas bases azotadas. Mas neste caso só poderiam ser codificados 16 (42) aminoácidos diferentes, o que é insuficiente, uma vez que existem 20 aminoácidos que fazem parte das proteínas biológicas. Desse modo, o código genético não poderia ser constituído por pares de bases azotadas.
Após vários estudos, conclui-se que o código genético é constituído por uma sequência de três pares de bases azotadas, o que constituem um tripleto ou trinca. Neste caso passaria a existir 64 (43) possibilidade, o que é mais do que suficiente para codificar os 20 aminoácidos. Entretanto, provou-se experimentalmente que um mesmo aminoácido pode ser codificado por mais de um trica.
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| Letra do alfabeto do DNA. |
Características do código genético
Dados relativos ao código genético permitiram identificar algumas de suas características:
Universalidade do código genético – um codão que codifica um determinado aminoácido em organismos mais simples, codificará o mesmo aminoácido em organismos mais complexos. Portanto, existe uma linguagem comum em todas células, desde os seres mais simples (vírus, bactérias) até aos mais complexos (animais, plantas);
Redundância – neste código vários codão são sinónimos, isto é, podem codificar o mesmo aminoácido. Fenómeno conhecido como "degenerescência do código genético ";
O código não ambíguo – um codão é capaz de codificar apenas um determinado tipo de aminoácido;
A terceira base azotada do código não é tão específica quanto as duas primeiras - por exemplo, o aminoácido arginina pode ser codificada pelos codões CGU, CGC, CGA, CGG;
A trinca AUG tem uma dupla função - codifica o aminoácido metionina, e é um codão de iniciação da síntese proteica;
As trincas UAA, UAG, UGA são codões de finalização - estes codões não codificam aminoácidos. Elas sinalizam o fim da síntese proteica.
Através destas características que o código apresenta, é possível passar a informação genética presentes nas bases azotadas dos nucleótidos para linguagem polipeptídica.
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| Síntese proteica. |


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