Teoria Cromossómica da Hereditariedade
Em 1902, os cientistas Walter Sutton, dos Estados Unidos, e Theodor Boveri, da Alemanha, trabalhando de forma independente, propuseram que os genes são entidades localizadas nos cromossomas e que são responsáveis pelo comportamento dos factores mendelianos. Essa teoria ficou conhecida como Teoria Cromossómica da Hereditariedade ou Teoria de Sutton-Boveri. Segundo essa teoria, a reprodução sexuada e assexuada são processos fundamentais na transmissão dos factores mendelianos (genes).
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| Esquema de um cromossoma. |
No início do século 20, essa teoria foi amplamente debatida, enfrentando forte rejeição por parte de alguns cientistas, enquanto outros a apoiavam. Ela foi finalmente aceita em 1915, após os experimentos realizados pelo cientista estadunidense Thomas H. Morgan com a mosca-da-fruta, Drosophila melanogaster. Esses experimentos comprovaram a teoria, e Morgan foi agraciado com o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1933.
A Teoria Cromossómica da Hereditariedade estabelece que:
Os cromossomas contêm o material genético, que é transmitido de pais para filhos e de célula para célula.
Nas células eucarióticas, os cromossomas formam pares homólogos que possuem, no mesmo locus, alelos para o mesmo carácter. Por essa razão, os genes alelos encontram-se aos pares no genótipo dos organismos eucarióticos.
Os cromossomas replicam-se e são transmitidos de pais para filhos e de célula para célula durante o crescimento dos organismos pluricelulares. Cada tipo de cromossoma mantém sua individualidade durante a divisão celular e a gametogénese.
Em cada par de cromossomas homólogos, um cromossoma tem origem materna e o outro tem origem paterna. Na meiose, ocorre a separação dos homólogos, de modo que cada gâmeta formado será constituído por apenas um cromossoma de cada par.
A segregação de alelos localizados em diferentes cromossomas é independente; portanto, cada gâmeta pode conter qualquer combinação de cromossomas e, consequentemente, de genes.
A fusão dos gâmetas haplóides forma uma célula diplóide, o zigoto. Esta célula apresenta cromossomas aos pares, e os genes localizam-se nesses cromossomas, de modo que cada gene está representado por dois alelos.
Síntese
A Teoria Cromossómica da Hereditariedade, proposta por Walter Sutton e Theodor Boveri em 1902, afirma que os genes estão localizados nos cromossomas e são responsáveis pela transmissão dos factores mendelianos. Após experimentos de Thomas H. Morgan com a Drosophila melanogaster, a teoria foi confirmada e aceita em 1915. Ela explica que os cromossomas contêm o material genético herdado, formam pares homólogos com alelos correspondentes, e são transmitidos de pais para filhos durante a divisão celular e a reprodução. A segregação independente dos alelos durante a meiose permite a formação de gametas com combinações genéticas variadas, culminando na fusão desses gametas para formar um zigoto diplóide.

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