Existem vários tipos de interacção epistática, tais como epistasia dominante, epistasia dominante recessiva, epistasia recessiva e epistasia recessiva duplicada.
Epistasia dominante
A epistasia dominante ocorre quando o alelo dominante de um par inibe a acção dos alelos de outro par.
Um exemplo clássico de epistasia dominante é herança da pelagem da cor do cavalo, que depende, entre outros factores, da acção de dois pares de alelos. O alelo B (branco) inibe a manifestação da cor da pelagem, e é dominante sobre o alelo b que permite a manifestação da cor; o alelo P (preto) determina pêlos pretos e é dominante sobre o alelo p que determina a pêlos marrons. Quando o alelo B está presente no genótipo do cavalo, o fenótipo do cavalo será branco.
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| Epistasia dominante. |
A proporção fenotípica resultante do cruzamento entre cavalos heterozigóticos será: 12:3:1, características da epistasia dominante.
Epistasia dominante e recessiva
A epistasia dominante e recessiva ocorre quando um alelo dominante A em homozigose ou heterozigose e o par de outros alelos recessivos bb produzem o mesmo fenótipo. É o que acontece por exemplo na cor das penas de galinhas.
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| Epistasia dominante e recessiva. |
Neste caso, proporção fenotípica resultante do cruzamento entre heterozigóticos será: 13:3.
Epistasia recessiva
A epistasia recessiva ocorre quando um par de alelos aa inibe a acção do gene B. Os alelos B só se expressam quando o alelo dominante A se encontram em homozigose ou heterozigose.
Um exemplo típico e o da cor da pelagem de ratos, onde a presença de cor é dominante sobre albino, e a cor cinza é dominante sobre preto.
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| Epistasia recessiva. |
Neste caso, a proporção fenotípica resultante do cruzamento entre cavalos heterozigóticos será: 9:3:4.
Epistasia recessiva duplicada
A epistasia recessiva ocorre quando um par de alelos recessivos aa inibe a acção dos alelos BB e Bb de outro par de cromossomas homólogos, e ao mesmo tempo par o par de alelos bb inibe a acção do par de alelos AA e Aa. Assim sendo, o par de alelos aa é epistático sobre os pares de alelos BB e Bb, e o par de alelos bb são epistáticos sobre os pares de alelos AA e Aa.
Quando os alelos aa ou bb estiverem presente no genótipo os fenótipos serão iguais. Por lado, quando os alelos dominantes A e B estiverem presentes no genótipo, estes se complementaram formando outro fenótipo.
Um exemplo típico é a surdez congénita humana, que é uma anomalia resultante da homozigose dos alelos d ou e. Neste caso, são necessários dois alelos dominantes D e E para a audição normal.
Neste caso, proporção fenotípica resultante do cruzamento entre heterozigóticos será: 9:7.
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| Epistasia recessiva duplicada. |




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