Fala-se de ausência de dominância, quando não existe relação de dominância e recessividade entre os alelos de um gene responsável por uma característica.
Quando em 1900 se redescobriram os trabalhos de Mendel, muitas foram as experiências que se realizaram de modo aplicar os seus princípios a um universo cada vez maior de indivíduos. E assim, encontraram-se situações em que as proporções fenotípicas mendelianas esperadas nem sempre se observam.
Durante as experimentações de Mendel, isto é, na relação de dominância e recessividade entre os alelos, no cruzamento de dois indivíduos heterozigotos, se observa a proporção fenotípica de 3:1 (3 dominantes e 1 recessivo), e genotípicas 1:2:1 (1 homozigótico dominante, 2 heterozigóticos e 1 homozigótico recessivo).
Posteriormente, em algumas experiências, observou-se que durante o cruzamento de dois indivíduos homozigóticos que diferem entre si num determinado carácter, o heterozigótico formado deste cruzamento apresentava um fenótipo diferente dos dois homozigóticos. Não havendo assim, relação de dominância e recessividade entre os alelos de um gene responsável por uma característica. Nesses casos, as proporções fenotípicas e genotípicas resultante do cruzamento de indivíduos heterozigóticos são iguais, ou seja, 1:2:1.
Estes resultados não invalidam os princípios estabelecidos por Mendel, mas completam-no e ampliam-no, pois, como observado por Mendel, nesses casos os pares de alelos também se separam na formação dos gâmetas, indo um alelo de cada par para um gâmetas diferentes. Portanto, a primeira lei de Mendel contínua válida. As únicas modificações observadas referem-se às proporções fenotípicas esperadas.
Quando há ausência de dominância, não se fala de alelos dominantes nem de alelos recessivos. E os alelos são representados cada um deles com a inicial maiúscula da respectiva característica.
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| Dominância incompleta. |
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| Co-dominância. |


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