Membrana plasmática (também conhecida como membrana celular, membrana citoplasmática ou plasmalema), é uma bicamada semipermeável que serve de barreira entre o meio extra e o intracelular, mantem a forma da célula ao impedir que o conteúdo celular escape e se misture com o meio extracelular, e assegura a troca de substâncias, energia e informação entre esses meios. Ela é invisível ao microscópio óptico, sendo vista apenas por meio do microscópio electrónico, apresentando-se como uma estrutura constituída por duas bandas escuras separada por uma banda clara.

O modelo da membrana plasmática actualmente aceite é a do mosaico fluido proposto por Singer-Nilcholson em 1972. Segundo este modelo, a membrana celular é constituída por uma bicamada fluída de fosfolipídeos, colesterol, proteínas integrais e periféricas. A membrana tem em peso cerca de 60 a 75 % de proteína e 25 a 40% de lípidos. Os polissacarídeos estão presentes apenas na face externa da membrana, lingando-se as proteínas e aos lípidos. Formando o glicocálice.

Esquema da Membrana Plasmática


 Os lípidos da membrana são, principalmente os fosfoglicerídeos (fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e fosfatidiltreonina), esfingolipídeos e colesterol. Os fosfoglicerídeos e os esfingolipídeos contêm o radical fosfato e são chamados fosfolipídeos. Tanto os fosfolipídeos como os glicolipídeos possuem uma extremidade polar hidrofílica (com afinidade para a água) e uma extremidade apolar, hidrofóbica (sem afinidade para a água). Os glicolipídeos mais abundante são os glicoesfingolipídeos. Os fosfolipídeos estão organizados com as com as regiões hidrofílicas voltada para o meio extracelular e para o hialoplasma.

O colesterol está presente apenas na membrana das células animais, estando ausente nas células vegetais, e tem a função de manter a rigidez da membrana celular, diminuindo a sua permeabilidade. Quanto maior a quantidade colesterol menos flexível e fluida é a membrana.

As membranas celulares possuem uma grande variedade de proteínas, podendo ser divididas em integrais ou intrínsecas e periféricas ou extrínsecas. As proteínas também possuem regiões hidrofílicas e hidrofóbicas

As proteínas integrais são difíceis de serem extraídas da bicamada lipídica, estas podem atravessar inteiramente a membrana plasmática, sendo chamadas de proteínas transmembranares. Podem atravessar a membrana uma única vez, ou então apresentar moléculas muito longas e dobrada, que atravessam a membrana várias vezes. As proteínas transmembranares têm uma grande importância no transporte de substâncias (difusão facilitada e transporte activo).

As proteínas periféricas são facilmente extraídas da bicamada lipídica, pois não reagem com a região hidrofóbica da bicamada. Elas se ligam por interacção com a proteínas integrais, ou interagindo com região hidrofílicas dos lipídeos. Estas proteínas possuem funções estruturais.

FLUIDEZ DA MEMBRANA PLASMÁTICA.

A membrana não é estática, admite-se que, isto é, não são formadas por conjunto de moléculas rigidamente colocadas. Por volta de 1970, pesquisadores reconheceram pela primeira vez que que os lípidos individuais são capazes de se movimentar consideravelmente dentro da bicamada lipídica. Os fosfolipídeos da membrana possuem mobilidade lateral, dotando a bicamada de grande fluidez e flexibilidade, e raramente também podem ocorrer movimentos de cambalhotas de camada para camada (flip-flop). Não só os lípidos, as proteínas também apresentam mobilidade, podendo por exemplo deslocar-se no plano da membrana.

Esquema do movimento dos fosfolipídeos dentro da membrana.


As moléculas de fosfolipídeos são desorganizadas, e a sua fluidez tem que ser precisamente regulada. Assim, nas membranas das células, a composição e a temperatura têm uma grande influência na sua fluidez.

FUNÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA:


  • Delimitar a célula, servindo de barreira entre o meio intra e extracelular;

  • Facilitar e ou dificultar o transporte de determinadas substâncias;

  • Manter as concentrações do meio interna e externo dentro de certos limites;

  • Troca de substâncias e informações entre as células;

  • Protecção contra ataques físicos e químicos;

  • Em células vegetais, participada na formação da parede celular.